Ao iniciar um novo quadro de apoios comunitários que se vai basear em instrumentos de suporte à inovação, investigação científica e à disseminação pela sociedade de tecnologias de vanguarda, não se pode dissociar a política cultural da Câmara Municipal do Funchal do estímulo para a inovação, para a
interdisciplinaridade e para a difusão do conhecimento por parte dos
agentes culturais para com quem se relacionam.
E tendo o Funchal uma
História com mais de 500 anos, o terreno é fértil para o
lançamento de novas iniciativas culturais inovadoras, prepando o caminho do horizonte 2020 onde todos queremos que o Funchal seja a melhor cidade do país para se viver.
Para prosseguir este caminho será fundamental que os agentes
culturais tenham a noção do trabalho em rede, da
interdisciplinaridade com outras áreas como a ciência, o ambiente,
as tecnologias de informação, o turismo ou a educação. Esta cooperação é
também fundamental na lógica de financiamento de toda a política
cultural da autarquia, uma vez que alarga públicos, cria mais valor
e abrange maiores possibilidades de recurso a fundos europeus, abrindo-se a novas redes de instrumentos de financiamento, podendo os agentes culturais se candidatarem a programas não especificamente relacionados com a cultura e as indústrias criativas.
A candidatura de Paulo Cafôfo à Câmara Municipal do Funchal quer também trazer para esta estratégia outros actores da sociedade funchalense que muito podem ajudar os agentes culturais e artistas a criarem e implementarem projectos inovadores. Falamos da Universidade da Madeira, do M-ITI, do Parque Natural da Madeira e de outros agentes relacionados com áreas complementares à cultura e que terão papel fundamental nas parcerias com os artistas e agentes culturais do Funchal.
Medidas concretas a propôr para esta área:
Criar um sistema de incentivos aos agentes culturais que apresentem
projectos interdisciplinares e instituídos em redes de parcerias,
regionais, nacionais ou externas, apoiando através do Gabinete do
Empreendedor Cultural candidaturas de agentes culturais a programas
de I&D nas áreas das Ciências Sociais e Culturais.
Estabelecer parceria com a Universidade da Madeira e com o M-ITI
para o lançamento de projectos culturais inovadores na área das Tecnologias de Informação e Comunicação e Multimedia.
Organizar conferência internacional intitulada CIDADES DO
CONHECIMENTO para disseminação de iniciativas inovadoras que
relacionem a ciência, a I&D com a Cultura e as Indústrias
Criativas. Esta Conferência será um marco fundamental na política de internacionalização das entidades funchalenses, permitindo oportunidades de networking e parcerias com entidades estrangeiras.
Fomentar a utilização de conteúdos culturais de criadores e
artistas funchalenses noutros sectores de actividade da autarquia,
criando para estes mais oportunidades de inovação e emprego (por
exemplo: Projectos de Sensibilização da Proteção Civil com
recurso a teatro educativo nas escolas, Criação de Banda Desenhada para ações de inclusão social, etc...).
Criar estratégia na Internet denominada Funchal Cultura 2.0 para dinamizar a promoção
dos agentes culturais e criadores funchalenses, apoiando-os na sua
promoção e comercialização de obras online multiplataforma, gerando assim mais receitas para os agentes culturais e artistas locais.
Organizar acções de formação interdisciplinares para os
agentes culturais afim de fomentar a Investigação & Desenvolvimento nas ciências da
cultura.
Fomentar junto da Universidade da Madeira e o M-ITI cursos de
pós-graduação e doutoramento em áreas que interliguem a I&D
com a Cultura. Por ex: Técnicas ligadas ao Restauro de Património,
Cultura, Turismo e Inovação.
Fomentar estágios profissionais de licenciados em áreas inovadoras e de ciência nos agentes culturais que possam apresentar projectos inovadores (por ex: técnicas de conservação das madeiras dos instrumentos tradicionais madeirenses, estudo dos fundos musicais do Funchal, virtualização do património imóvel em ambientes 3D e de realidade virtual, etc...)
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