A pergunta de 1 milhão de euros
Não tenho dúvidas de que no futuro teremos de trabalhar
mais, trabalhar mais tempo, mas acima de tudo teremos que trabalhar de forma
mais criativa e mais inteligente. O mais curioso é que enquanto toda a gente
aceita de forma quase passiva os primeiros dois postulados, o terceiro, que é
aquele que nos permitiria, a médio prazo, reduzir os dois primeiros, é o mais
ausente do discurso global que acompanha políticos, empresários, comentadores,
etc...
Trabalhar de forma mais inteligente pressupõe que teremos de
abandonar algumas lógicas instituídas na nossa sociedade. Implica
desprioritizar o conceito de Propriedade para nos focarmos mais na Partilha,
requer que abandonemos a agressividade da Competição para pensar mais na potencialidade
da Coopetição e define que nos concentremos em apoiar o Talento e a Tolerância
e evitar o Seguidismo e os Guetos (as tais capelinhas que a Madeira
tanto tem).
Ao contrário do que se pensa, este novo paradigma não
elimina ninguém, nem mesmo aqueles que durante anos trocaram a educação pela
construção ou até os que se converteram à lógica irredutível dos mercados
financeiros como chave-na-mão para todo o desenvolvimento. Necessitamos de
todos, porque o seu funcionamento assenta numa lógica de rede, de partilha de
conhecimento e recursos, e da presunção que o Talento, a Criatividade e a
Tolerância fazem parte do código genético de cada indíviduo.
Então qual é a pergunta de 1 milhão de euros ? Simples: Qual
é o Governo que vai tê-los no sítio para fazer esta mudança ?
Sem comentários:
Enviar um comentário